domingo, 29 de março de 2009

Grr

Minha imaginação fugiu. E nem deixou bilhete.
Pior: Não me levou junto!

Fico muito agradecida, sua ingrata.

Ps.: Babs, tô trabalhando no layout novo, mas não sei se vai ficar bom não.

terça-feira, 24 de março de 2009

Bossa Nova Já Não é o Suficiente

Coisa mais linda é descobrir o mundo né?! O ruim é descobrir que o seu mundo é uma droga. Vou explicar melhor... Eu amava o Rio de Janeiro, minha querida cidade onde eu posso sair pras melhores boates, e ainda ver o sol nascendo na praia de manhã. Onde eu posso ter cultura de graça, ou pagar 10 reais pra ficar de 23h até 7h da manhã no cinema! Onde eu posso comer sushi à kilo e beber tequila conversando com um vendedor de discos idealista. Onde eu posso ir nos shows das melhores bandas do mundo. Onde posso ir no shopping de havaianas. Onde tem paisagens que pra mim são corriqueiras, enquanto pra pessoas do mundo todo é a coisa mais linda.

Porém, quando você pára de se enganar e começa a olhar em volta, e a perceber que só olha em volta mesmo por pura paranóia, fica difícil continuar achando que tudo isso compensa. Quando você está na lapa e vê que tem mais carros de polícia do que bares. Quando você passeia na praia e sente que não é mais tão bem frequentada. Quando você conversa com pessoas que dizem não querer estudar (e não é raro). Quando você está no ônibus e vê uma pessoa jogando lixo pela janela mesmo tendo uma bolsa enorme pra guardar. Quando você percebe que não colocam arte ou tecnologia nas ruas (como em Berlim ou Londres) porque será facilmente depredada, só por diversão. Quando você vê gente ainda pixando parede ao invés de grafitá-la. Quando você vê nossos melhores artistas, jogadores, intelectuais saindo daqui e só deixando pra trás essa desordem e ignorância do povo.

Ontem meu chefe mandou pra mim a frase mais clichê e ridícula do Rio: "Se eu não sujasse a rua o Gari não teria emprego!"
Eu fiquei indignada e não me aguentei calada.
Babs: "Os Garis são pagos pra manter a cidade limpa, e não pra limpar a porcalhada de gente mal educada!"
Fabrício: "Ah, mas se eu sujo eles contratam mais."
Babs: "Isso é um pensamento tão mesquinho, de gente com mente prosaica (como dizia mestre Gabeira). E enquanto o Gari não chega, seu lixo fica lá. E se chover?"
Ele ficou tão sem graça que falou: "Ah, mas eu só jogo quando eu esqueço." Daí eu dei um risinho e olhei pro outro lado, porque com gente assim não dá pra discutir.
E o cara é estudado, leva uma vida boa. Imagina os pobres ignorantes que acham que ver filme legendado é muito difícil e que 4 anos de faculdade é muita coisa?! E 4 anos ganhando 1 salário mínimo não é muita coisa não?

O país só vai ser alguma coisa um dia, se o povo mudar totalmente o modo de ver as coisas. E isso é coisa que vem da cultura de cara um, do que eu chamo de educação do DNA. Está mais do que provado que não é só dinheiro e estudo que enriquece a mente de alguém. E de pobre de mente o Rio está lo-ta-do.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Faz outro bolo e adoça o chá.

Depois da crise existencial da Babs, ouvi muitas outras crises existenciais. E, sabe, sempre achei isto estranho. Quando uma coisa inusitada acontece e de repente ela fica lá, acontecendo o tempo todo. Tempo suficiente para te encher a porra do saco ou então de arrastar pro fundo do poço.

Bem, fui atingida... Arrastada.
Fiquei um tempo pensando na minha vida e no quanto eu me apaixono por certas coisas. E acho que por isso entrei em crise. Por perceber que há 19 anos eu venho me apaixonando por tudo. E a paixão não é duradoura. Cientificamente falando, ela dura cerca de dois anos, no máximo. É biologicamente inviável alguém permanecer no estado de paixão por mais tempo que isso.
Porém minha paixão não é por pessoas. O alvo desse meu sentimento avassalador têm sido coisas. Coisas demais ao longo dessas quase duas décadas.
Daí que no meio dessa crise eu percebi que eu não tenho nada. Assim, nada. Absolutamente nada. Começo projetos e nunca os termino. O entusiasmo inicial vai se apagando com o tempo. Minha paixão por algo nunca vira amor.
Enquanto gente mais nova do que eu já sabe o que quer da vida e se sente cheio de vigor para seguir em frente, eu me sinto cansada. Parece que eu já vivi tudo e definitivamente não gostei.
Como se o mundo não me bastasse. Sinto que preciso de mais do que podem me oferecer.

Bem, minha crise durou uns 3 dias. Sei lá, não faço idéia, para ser sincera. Nunca tive uma relação amigável com o tempo. Mas, bem, ao fim dela decidi parar com essa coisa deplorável de auto-comiseração e voltei a planejar. Porque se tem uma coisa que nunca vou deixar de ser é realista e meticulosa.
Babs já quase me bateu por isso semana passada... Hahaha. Mas não sei o que me dá, é mais forte do que eu, minha gente.

Enfim... A questão é que eu percebi que passei muito tempo agindo como se eu tivesse 95 anos de idade e minha vida estivesse por um fio. Contudo só tenho 19 anos. DEZENOVE [E dia 13 de abril farei 20 anos. Presentes serão bem-vindos. Fica a dica]!
Ainda posso fazer o que eu quiser. Ainda posso sim conquistar o mundo.

quinta-feira, 19 de março de 2009

O Chá tá Amargo e o Bolo Estragado

Não entendo mais nada. Todas as minhas perspectivas já não sei onde foram parar. Minha personalidade não agrada a mais ninguém, nem mesmo àquela pessoa que dizia que eu era a pessoa mais foda do mundo! Não posso correr e não consigo fugir, você entende? Eu não entendo mais nada mesmo.

Quando uma coisa te define, ela simplesmente não pode sumir. Mas e quando some? Aí a gente fica assim...
Mas eu não sou de ficar assim. Não era.

Nunca pensei tão seriamente em desistir de tudo. Chegou naquele momento onde eu não tenho nada a perder. Não estou falando em morte, e sim de vida. Outra vida. A vida que eu sempre quis e achei que precisaria passar por um caminho pra conseguí-la, mas agora eu sei que não preciso desse caminho. Só depende da minha coragem.

Aquela lá na esquina, correndo de mim!
Agora não tenho mais nada mesmo...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Cultura

Tenho pensado muito nas culturas alheias. Procuro saber muito sobre os italianos, porque estou estudando a língua e eu acho que além de saber os verbos e regras da língua, tenho que saber como eles vivem, e quero saber bem o sotaque também.

Enfim, uma coisa leva a outra, uma cultura a outra, e acaba que eu estudo a cultura da Europa inteira. Então depois de toooda a viagem pela Europa dos livros, quando acordo me deparo com a "nossa" cultura.
Assim, desde que eu me entendo por gente não me sinto bem aqui. Sei que muita gente aqui no Brasil se sente assim. É porque essa cultura não é nossa! Não temos isso porque é uma mistura louca. E começo a pensar que não é tão boa quanto a TV vende pra gente. Eu sinto que tem uma outra coisa dentro de mim. Eu lembro que quando eu era pequena e olhava aqueles calendários com fotos de pinheiros, típicos das regiões de clima temperado, parecia que eu já conhecia aquele lugar. Tinha sonhos naquela floresta.

A cultura é uma coisa que a gente carrega no sangue, não importa aonde nascemos.
É como a música, como quando eu comentei no post passado, do dia que meu pai me mostrou Raul. Até os gostos musicais vêm de herança no DNA. Então é assim que eu me sinto. Mas há um problema, porque não quero sair do Brasil. Querer, eu quero. Mas sinto que não posso, que se eu nasci aqui, então tenho uma responsabilidade com o país. Mas hoje eu li que James Joyce amava a Irlanda, mas odiava os irlandeses. Acho que sou como James Joyce, mas ele apesar de amar sua pátria, viveu a vida toda como expatriado em outros lugares da Europa. Será que serei mais uma estrangeira na Europa tentando me encontrar? Nem queria...

domingo, 8 de março de 2009

Desabafo.

Às vezes paro pra analisar as notícias que recebo ao longo do dia. E ultimamente são tantas as notícias ruins que, de certa forma, me desespero em pensar em qual rumo o mundo tá levando, sabe?

O cérebro da maioria das pessoas parece estar diminuindo cada vez mais. É raro encontrar alguém com vontade de aprender. A epidemia de alienação está se alastrando rapidamente.
Sem contar os casos de violência, injustiça... Sei lá, fico triste, insatisfeita.
Olho ao redor e não consigo me encaixar. Parece que eu estou no lugar errado.

Tudo me cansa, tudo me desanima. Quase tudo me revolta.
Tenho a idéia de um mundo idealizado e o que mais me sufoca é o fato de saber que ele só existe dentro de mim.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Prefiro Café

Agora esse cantinho tem mais uma dona. Eu e Nathália somos como mentes gêmeas, então acho que não vou agredir muito o estilo do blog. Apesar de eu preferir café!
Já tentamos loucamente achar algo em que não concordássemos, mas a única coisa coisa foi o corte de cabelo de um amigo nosso.

Hoje eu estava lembrando de quando eu tinha uns 10 anos e estava no carro do meu pai ouvindo rádio. Ele sempre me deixava escolher a estação, mas nesse dia ele pediu pra pôr uma música. Eu achei que era uma coisa cafona qualquer e pedi pra ele tirar, só que ele pediu pra eu prestar atenção.
Quando percebi já estava viajando na música. Não queria outra coisa. Era uma história, como se alguém tivesse lendo um livro pra mim. Era "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás" do Raul Seixas.
Eu já gostava de rock, mas foi nesse dia que eu vi que não estava sozinha no mundo! rs

Então tá, vamos tentar fazer um blog! Mas não prometo falar sempre de música. Afinal, este é um cantinho informal pra conversármos sobre qualquer coisa ao som de bob dylan e tomando um chá com bolinhos. Ou café, que seja.

Ah! Eu sou a Bárbara. Muito prazer!