terça-feira, 14 de julho de 2009

E não me alcanço.

Há quanto tempo não deito no chão pra ver as estrelas?
E há quanto tempo não brinco de ver luzinhas, esfregando meus olhos com força e abrindo-os de repente?
E há quanto tempo não saio pra dançar, pra me divertir, pra esquecer que eu tenho que viver a vida com responsabilidade e que o tempo aqui é curto?

Eu era tão feliz quando criança.
Era feliz e sabia disso. Talvez só não tivesse noção do quanto grande era essa "felicidade". E, sabe, era bem maior do que eu podia imaginar.

Há meses estou nostálgica em excesso.
Lembro da minha vitrola e dos meus discos do Balão Mágico, Trem da Alegria, Cavaleiros do Zodíaco e por aí a fora. Lembro das tardes encharcadas de música. Lembro dos meus desenhos, do enorme quintal do vovô e de como tudo era pura magia.
Sempre brincando sozinha. Sempre criando mundos e personagens dentro de mim.
Eles ainda estão aqui dentro. Dá pra sentir tão forte.
Sinto falta do jardim da minha avó e das pedrinhas coloridas do quintal.
Sinto falta do porão que tanto me encantava e me aterrorizava.
Sinto falta da casa "mal assombrada" da vizinha.
Sinto tanto. E tudo me dói.

O que está havendo comigo?

2 comentários:

Amália Morais disse...

Cresceu. :D

Bárbara disse...

Nós, e essas crises de maturidade...
Acho que é bom transformármos todas essas lembranças em criatividade. Porque vivê-las de novo não dá!

Postar um comentário